O sequestro do veleiro Madleen, com 12 ativistas a bordo, entre eles o brasileiro Thiago Ávila, que tinha como destino Gaza para fazer a entrega de itens de ajuda humanitária e que foram presos ilegalmente por Israel em águas internacionais, nas costas africanas do Egito, ocorreu na última segunda-feira (9)
O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, pode ser deportado de Israel até esta quinta-feira (12), segundo decisão divulgada na manhã desta quarta-feira (11) por Tribunal israelense após audiência com os ativistas da Flotilha da Liberdade presos em águas internacionais. O caso foi considerado crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos do Brasil. Em protesto contra sua detenção, que considera um sequestro, Thiago iniciou uma greve de fome na noite de desta última terça-feira 10), no horário de Brasília, até que seja libertado.
A decisão de deportar Thiago foi confirmada à Agência Brasil pela família do brasiliense, que tem contato com a defesa do ativista realizada pela organização Adalah, que defende os direitos humanos em Israel. Por enquanto, as autoridades israelenses não permitiram que a família conversasse pessoalmente com Thiago. A esposa de Thiago, Lara Souza, explicou à Agência Brasil que a Corte decidiu pela deportação dos ativistas mesmo a defesa argumentando que deveriam ser libertados imediatamente “já que não cometeram crime”.
Thiago não foi deportado imediatamente, como a ambientalista sueca Greta Thunberg, por ter se negado a documento em que reconheceria que cometeu um crime de tentar entrar em Israel sem autorização, informou a membro da Flotilha da Liberdade Brasil, Luciana Palhares. Ela também mantém contato com a defesa de Thiago em Temleh, cidade israelense onde ele foi encarcerado.
ATUALIZAÇÃO – 7h06 de 12/06;2025
Em um comunicado distribuído à imprensa internacional às 7h06, horário de Brasília, desta quinta-feira (12), mo à Adalah, o Centro Jurídico para os direitos das minorias árabes em Israel, informou que o brasileiro Thiago Avila está entre os seres deportados nesta manhã. “Seis voluntários da frota da Liberdade A Caminho do aeroporto para deportação; dois permanecem sob custódia israelita”, diz o título da nota.
“Depois de mais de 72 horas sob custódia israelita na sequência da intercepção ilegal da Flotilha Madleen Freedom em águas internacionais na noite de domingo, 8 de junho, as autoridades de imigração israelitas informaram os advogados de Adalah de que seis voluntários estão agora a ser transferidos para o Aeroporto Ben Gurion para serem deportados”, prossegue o comunicado à imprensa.
“Os seis voluntários que devem ser deportados hoje ou amanhã de manhã cedo São: Mark van Rennes (Países Baixos), Suayb Ordu (Turquia), Yasemin Acar (Alemanha), Thiago Avila (Brasil), Reva Viard (França) e Rima Hassan (França). Até agora, os advogados da Adalah enfrentam dificuldades em visitá-los no aeroporto. Dois outros voluntários, Pascal Maurieras (França) e Yanis Mhamdi (França), permanecem detidos na prisão de Givon, sob a autoridade do serviço prisional de Israel, aguardando a sua deportação amanhã, 13 de junho, à tarde. Eles serão vistos hoje pelos seus advogados”, completa a nota da Adalah..
Preso político
“Ele é um preso político, por isso não aceitou culpa de crime nenhum. Eles foram sequestrados por Israel em águas internacionais”, explicou Luciana. Segundo a Flotilha, o grupo concordou que a Greta e outros presos assinassem o documento para, voltando aos seus países, poderem denunciar a situação.
O governo brasileiro informou que acompanhou a audiência de Thiago no Tribunal e tem prestado assistência ao ativista brasileiro. Em nota publicada na noite de ontem, o Itamaraty condenou a interceptação da embarcação dos ativistas em águas internacionais, “em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e saúde”.
CNDH brasileiro pede a suspensão de relações com Israel
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) publicou nota classificando a interceptação do navio Medeleine, da Flotilha da Liberdade, por Israel cometeu um crime de guerra e pede ao governo brasileiro suspenda as relações diplomáticas e comerciais com Tel Aviv.
“O CNDH entende que a interceptação de embarcação civil com finalidade exclusivamente humanitária, em águas internacionais, configura grave violação aos tratados internacionais ra6ficados pelo Estado de Israel, além de significar um crime de guerra em mais um episódio de impedimento à ajuda às vítimas de uma crise humanitária sem precedentes”, disse o CNDH em nota.
Fome em Gaza
As Nações Unidas (ONU) denunciam que Israel bloqueia a entrada de 6 mil caminhões com ajuda humanitária na fronteira com o Egito e condena a forma de distribuição de alimentos pela GHF, marcada por massacres contra aqueles que buscam alimentos nos centros da organização.
“Dia após dia, vítimas e dezenas de feridos são relatados em pontos de distribuição operados por empresas de segurança israelenses e privadas”, informou Philippe Lazzarini, diretor-geral da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA).
Após limitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023, o governo de Israel bloqueou completamente a entrada de medicamentos ou alimentos no dia 2 de março de 2025. Após forte pressão internacional, a entrega de ajuda humanitária foi retomada por meio de uma organização dos Estados Unidos (EUA) apoiada por Israel, a GHF.
As Nações Unidas (ONU) afirma que a forma de distribuição e alimentos é desumana e a quantidade é insuficiente. “Nossos armazéns fora de Gaza estão lotados com um volume de assistência equivalente a 6.000 caminhões. Deixar a comida apodrecer e os remédios expirarem deliberadamente seria simplesmente obsceno”, completou Lazzarini.

Sequestro do veleiro em águas internacionais
O sequestro do veleiro Madleen, da Freedom Flotilla Coalition (FFC), a Flotilha da Liberdade, ocorreu em águas internacionais, em frente ao território do Egito e a 205,5 Km do ponto extremo de Israel que faz divisa com Gaza. Os 12 ativistas tinha com o objetivo ir a Gaza, pertencente ao país Palestina e nenhuma intenção de ir à Israel. Essa ilegalidade afronta ao Direito Marítimo Internacional, já que a embarcação não ia para Israel, assim como foi sequestrada em águas internacionais e distante do país autor da ação ilegal.
O rapto em águas internacionais pelas forças militares do Governo de Israel, segundo nota divulgada à imprensa pela FFC, ocorreu às 3h02 no horário Horário da Europa Central ( CET ), na localização 31°57’08.5″N 32°23’19.7″E. A localização do sequestro ilegal pelos israelenses fica exatamente a 303,33 Km em linha reta do porto egípcio Said, ainda localizado no continente africano, bem antes da Península do Sinais e distante do Oriente Médio, onde se encontra Israel. No momento do crime de sequestro, a Madleen se encontrava a 191,71 Km de Gaza.

Abordagem ilegal e tripulação raptada, diz a FFC
“O navio foi abordado ilegalmente, a sua tripulação civil desarmada foi raptada e a sua carga salvadora de vidas foi confiscada, incluindo fórmulas para bebés, alimentos e suprimentos médicos”, diz a nota da FFC. O brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, jun tamente com os outros 11 ativistas embarcaram no domingo (1º) do porto de Catânia, na Itália,levando mantimentos, com objetivo de chegar à Faixa de Gaza, cinde o Governo israelense está impedindo até a ONU de levar mantimentos à população palestina.
“Israel não tem autoridade legal para deter voluntários internacionais a bordo do Madleen, disse Huwaida Arraf, advogada de direitos humanos e organizadora da Flotilha da Liberdade. “Esta apreensão viola flagrantemente o direito internacional e desafia as ordens vinculativas da CIJ que exigem o humanitário desimpedido a Gaza. Estes voluntários não estão sujeitos à jurisdição israelita e não podem ser criminalizados por prestarem ajuda ou contestarem um bloqueio ilegal. A sua detenção é arbitrária, ilegal e deve terminar imediatamente”, prossegue a nota..
O que diz a IA chinesa DeepSeek sobre esse novo crime israelense?
O sequestro ilegal do veleiro Madleen, da Freedom Flotilla Coalitio, em águas internacionais e de seus 12 ativistas que iam à Gaza viola quais legislações internacionais?
Resposta:
O sequestro do veleiro Madleen, da Freedom Flotilla Coalition (FFC), em águas internacionais e a detenção dos 12 ativistas a bordo violam várias normas e legislações internacionais. Abaixo estão os principais instrumentos jurídicos e princípios que foram infringidos, conforme relatado nas fontes pesquisadas:
.1. Violação do Direito Marítimo Internacional
Liberdade de Navegação em Águas Internacionais: O sequestro ocorreu em águas internacionais (coordenadas 31.95236° N, 32.38880° E), onde Israel não tem jurisdição. A interceptação de um navio civil desarmado em águas internacionais viola o **Direito Internacional do Mar* (Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar – UNCLOS), que garante a liberdade de navegação .
Ataque a Embarcação Civil: O uso de força contra um navio que transportava ajuda humanitária e ativistas desarmados configura uma violação do **Princípio da Proporcionalidade* e do *Direito Humanitário Internacional.
.2. Violação do Direito Humanitário Internacional
Bloqueio Ilegal de Gaza: O bloqueio naval imposto por Israel a Gaza desde 2007 foi repetidamente criticado por organizações internacionais, incluindo a ONU e a Anistia Internacional, como uma forma de castigo coletivo, proibido pelo Artigo 33 da Quarta Convenção de Genebra.
Impedimento de o Humanitário: A interceptação do Madleen viola as ordens vinculativas do Tribunal Internacional de Justiça (ICJ), que exigem que Israel permita o o humanitário ir a Gaza para evitar condições de fome e genocídio .
.3. Violação dos Direitos Humanos
Detenção Arbitrária: A prisão dos ativistas, incluindo Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, sem acusação formal, configura detenção arbitrária, violando o Artigo 9 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos .
Exposição a Tratamento Desumano: Relatos indicam que os ativistas foram submetidos a interrogatórios e exibição forçada de vídeos de atrocidades, o que pode configurar tortura ou tratamento cruel, proibido pela Convenção contra a Tortura .
.4. Violação de Princípios de Proteção a Ativistas Humanitários
Proteção a Trabalhadores Humanitários: A missão do Madleen era claramente humanitária, transportando itens como fórmula infantil, alimentos e suprimentos médicos. A interceptação viola os Princípios Fundamentais da Assistência Humanitária, que garantem proteção a quem presta ajuda em crises .
Ataque a Defensores de Direitos Humanos: A detenção de figuras como a eurodeputada Rima Hassan e Greta Thunberg (embaixadora da Anistia Internacional) fere os Princípios da ONU sobre Defensores de Direitos Humanos .
.5. Violação de Decisões do Tribunal Penal Internacional (TPI)
Desrespeito a Ordens do ICJ e TPI: Israel ignorou decisões recentes do ICJ que exigiam o fim do bloqueio humanitário a Gaza, consolidando uma cultura de impunidade perante o direito internacional.
Conclusão:
O sequestro do Madleen e a detenção dos ativistas representam múltiplas violações do direito internacional, incluindo:
– Direito Marítimo (UNCLOS)
– Direito Humanitário (Convenções de Genebra)
– Direitos Humanos (Declaração Universal e Pactos da ONU)
– Ordens do ICJ e TPI
Organizações como a Anistia Internacional e governos (incluindo Brasil e França) condenaram a ação como ilegal e exigiram a libertação imediata dos detidos . A continuidade do bloqueio e dessas interceptações reforça a acusação de que Israel age com *impunidade sistemática* perante a comunidade internacional.
Situação do brasileiro e dos outros11 ativistas nesta última quarta-feira (11)
Segundo comunicado à imprensa internacional do Adalah, -o Centro Jurídico para os direitos das minorias árabes em Israel, recebido pelo Grafitti News, nesta última quarta-feira (11), os advogados de Adalah visitaram os voluntários da FFC detidos. Durante a visita, receberam atualizações sobre as condições de detenção, incluindo medidas punitivas recentes tomadas contra eles.
“As autoridades israelitas transferiram dois dos voluntários — o voluntário brasileiro Thiago Avila e a deputada Franco-Palestiniana do Parlamento Europeu Rima Hassan — para separar os estabelecimentos prisionais, afastando-os dos outros, e colocando-os em confinamento solitário. Tiago Avila foi colocado em isolamento na prisão de Ayalon devido à sua greve de fome e sede em curso, iniciada há dois dias. Ele também foi tratado agressivamente pelas autoridades prisionais, embora isso não tenha se transformado em agressão física.
A prisão Ayalon, onde o governo isralense o colocou faz parte do complexo prisional de Ramleh, foi inaugurada em 1950 e está localizada na região central da Palestina. Consiste em uma variedade de seções onde as autoridades de ocupação mantêm prisioneiros de segurança e criminosos. Uma de suas seções é reservada exclusivamente para isolamento. A página oficial da Coalização da Flotilha da Liberdade fica neste endereço https://freedomflotilla.org.
Já a eurodeputada Rima Hassan foi colocada em isolamento em condições desumanas na prisão de Neve Tirza depois de escrever “Palestina Livre” num muro na prisão de Givon. Ela foi transferida para uma cela pequena, sem janelas, com condições de higiene extremamente precárias e foi-lhe negado o o ao pátio da prisão. Essa prisão foi Inaugurada em 1968 e está localizado perto da prisão de Ayalon, e é designado para mulheres palestinas prisioneiras e prisioneiros criminosos israelenses.
De acordo com a entidade jurídica Adalah, o ato de isolamento e de transferência para instalações prisionais separadas constitui uma violação grave dos direitos dos voluntários e uma clara tentativa de exercer pressão mental e política sobre eles. “A Adalah exige que as autoridades israelitas libertem os voluntários do confinamento solitário, ponham termo a todas as ações de retaliação contra eles e libertem imediatamente todos os oito — permitindo o seu regresso ao navio para continuar a sua missão humanitária ou facilitando o seu regresso aos seus países de origem”, finaliza o comunicado à imprensa internaicional.
Mais tarde, a entidade divulgou uma nota especifica sobre o brasileiro, preso ilegalmente em Israel. Foi informado que o brasileiro Thiago foi separado dos demais e colocado na solitária. Ela informa que Israel ameaça deixá-lo na solitária por 7 dias em uma cela escura, pequena, sem ar e sem o a ninguém. “Essa é mais uma das violações promovidas pelo regime sionista, que mantém 8 voluntários da Freedom Flotilla como reféns. Thiago segue em seu 3º dia de greve de fome
e água denunciando a impunidade pelos crimes cometidos. Pressionem um pronunciamento do Governo Brasileiro imediatamente”, diz a Adalah.
Quem foi deportado e quem continua preso ilegalmente até quarta-feira
A Freedom Flotilla Coalition (FFC) confirma que quatro dos 12 foram deportados e oito permanecem detidos por Israel:
1. Baptiste André (França) – Deportado
2. Greta Thunberg (Suécia) – Deportado
3. Sérgio Toribio (Espanha) – Deportado
4. Suayb Ordu (Turquia) – Detido
5. Mark van Rennes (Holanda) – Detido
6. Pascal Maurieras (França) – Detido
7. Reva Viard (França) – Detido
8. Rima Hassan (França) – Detido
9. Thiago Ávila (Brasil) – Detido
10. Yanis Mhamdi (França) – Detido
11. Yasemin Acar (Alemanha) – Detido
- Omar Faiad (França) – Deportado
Fonte: Freedom Flotilla Coalition (FFC)
Nota à imprensa Nº 251 – Ministério das Relações Exteriores do Brasil
“O governo brasileiro acompanha com atenção a atual situação do nacional Thiago Ávila, que estava a bordo do veleiro “Madleen”, da Coalizão Flotilha Liberdade, interceptado por forças israelenses, com detenção de seus tripulantes, enquanto se dirigia à Faixa de Gaza com itens de ajuda humanitária.
Embaixadas do Brasil na região haviam sido colocadas em alerta para a presença de nacional na embarcação com vistas à célere prestação de assistência consular, caso necessário.
Após a interceptação, a Embaixada do Brasil em Tel Aviv comunicou-se com as autoridades locais para imediata prestação de assistência consular ao ativista brasileiro. Manteve contato, ainda, com sua família, transmitindo informações atualizadas. Em Brasília, a Secretária-Geral das Relações Exteriores recebeu a esposa de Thiago Ávila, Lara Souza, acompanhada das Deputadas Federais Erika Kokay e Natália Bonavides e do Deputado Distrital Fábio Félix.
Com a chegada do navio a Israel, agentes consulares da Embaixada em Tel Aviv foram destacados para deslocar-se até o aeroporto e acompanhar o nacional durante o processo de deportação para o Brasil. Tendo em vista sua recusa em ser imediatamente deportado, o ativista brasileiro foi levado a centro de detenção israelense. A Embaixada do Brasil acompanhou o depoimento de Thiago Ávila à Juíza do Tribunal de Revisão de Detenção e continua a prestar-lhe assistência.
Ao reiterar sua firme condenação à interceptação, em águas internacionais, por forças israelenses, da embarcação “Madleen”, em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e saúde.
Em contexto de gravíssima situação humanitária na Faixa de Gaza, onde há fome e desnutrição generalizadas, o Brasil deplora a continuidade de severas restrições, em violação ao direito internacional humanitário, à entrada de itens básicos de subsistência no Estado da Palestina.”
Aumenta pedidos de rompimento de relações do Brasil com Israel
Após a ação ilegal do governo de Israel em sequestrar o veleiro com ajuda humanitária a Gaza e de aprisionar seus ocupantes em águas internacionais, aumentou a cobrança para o Governo Federal rompa relações com Israel, país acusado de promover o genocídio dos palestinos em Gaza. O presidente Lula tem a chance histórica de inscrever seu nome entre os grandes da humanidade caso decida romper com o Estado de Israel. Essa é a avaliação do jornalista Breno Altman durante o programa 20 Minutos Análise desta última terça-feira (10).
A íntegra do programa do jornalista Altman, com o título Presidente Lula, é hora de romper com Israel! – análise de Breno Altman, pode ser assistido no YouTube clicando neste link. Para o jornalista, descendente de israelenses e fundador do portal de notícias Opera Mundi, “tal posicionamento do mandatário brasileiro seria um ‘gesto moral, irrevogável, radical, como exigem os tempos radicais em que vivemos”.
No seu portal Opera Mundi, foi registrado o seu pedido dessa forma: “Altman recordou que a posição de Lula em denunciar o genocídio de Israel contra o povo palestino foi um ‘bálsamo’. Porém, afirmou que, por mais que as palavras do presidente sejam ‘valentes e verdadeiras’, ‘não irão deter a máquina da morte movida por [Benjamin] Netanyahu’”.
UNE pede rompimento de relações com Israel
A União Nacional dos Estudantes (UNE) está promovendo uma campanha pelo rompimento das relações do Brasil com Israel. “Nas ruas, exigimos o fim do bloqueio à Flotilha da Liberdade e o rompimento total das relações diplomáticas do Brasil com o Estado de Israel, que impede ajuda humanitária e segue massacrando civis em Gaza com apoio das potências ocidentais”, inicia a nota da UNE em suas redes sociais.
“A neutralidade diante de um genocídio é cumplicidade. Não há desculpa, não há mais tempo. O Brasil precisa agir com coragem e coerência. “Cortar relações com Israel já”, pede a UNE.

Deputada federal Erika Hilton quer o fim das relações comerciais
Já a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) cobrou o fim das relações comerciais entre o Brasil e Israel. “Meu mandato pediu a suspensão do comércio entre o Brasil e o Estado de Israel. Sequestrar e prender, em águas internacionais, a tripulação de um navio que levava apenas comida para Gaza ultraa todo e qualquer limite. Isso é mais um crime de guerra e isso é genocídio”, diz a parlamentar em sua conta no Facebook.
“Por isso, solicitei ao Governo Lula, que já está atuando pela libertação e retorno do brasileiro Thiago Ávila a solo brasileiro, que avalie o fim das relações comerciais entre Brasil e Israel. Essa relação comercial é deficitária para o Brasil, e o que Israel tem para vender, o mundo inteiro tem. Nós sabemos que essa é uma decisão difícil de ser tomada, e que não é tomada da noite pro dia”, conclui.
“Mas quando um país nega o direito de um povo à comida, é justo que a comunidade internacional condene-o publicamente, e não apenas com palavras. E, para que isso ocorra, é essencial que cada nação tenha, dentro de si, pessoas falando que sim, é aceitável romper essas relações. É essencial que digamos: nós não queremos financiar um genocídio”, concluiu a deputada federal.
Leia a seguir a publicação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, “O Direito do Mar”, do embaixador Wagner Menezes e é onde o Governo brasileiro se baliza para fundamentar que o sequestro promovido ao veleiro de ajuda humanitária e as prisões dos ativistas foram ilegais. A publicação está no formato PDF:
O-Direito-do-Mar-Wagner-Menezes-Ministerio-das-Relacoes-Exteriores